Mercado de Capitais deve Manter Tendência em Reestruturação de Dívidas e Escassez de IPOs e M&As em 2025.

As perspectivas de continuidade de câmbio alto, gastos públicos crescentes e necessidade de aumento de juros tendem a frear mais uma vez a possibilidade de retomada de operações de Fusões e Aquisições (M&A) ou mesmo de novas aberturas de capital na Bolsa de Valores brasileira em 2025.
As operações de OPA (Ofertas Primárias de Ações) estão paradas desde Agosto de 2021, mês/ano em que Raízen (RAIZ4) e Oncoclínicas (ONCO3) fizeram suas operações. Para a primeira economia da América Latina e 8a do Mundo este fato revela um contexto que deveria chamar a atenção da sociedade, de líderes empresariais e de líderes governamentais.
Deveríamos entender este contexto não como uma dinâmica de responsabilidade do chamado "Mercado", "Os demônios do Mercado Financeiro", que querem "apostar" contra o Brasil.
A instabilidade da economia brasileira e a insegurança nas instituições de Estado têm gerado uma percepção de risco Brasil elevado. Neste contexto, investimentos de longo prazo são escassos e caros e os retornos potenciais baixos.
Das fontes de recursos financeiros para sustentar as empresas (capital próprio e capital de terceiros), o capital próprio (venda de participação, IPO, injeção de capital, outros) vem sendo pouco utilizado, restam as fontes de recursos de terceiros (dívidas, debêntures, outros). Junto com a posição elevada de endividamento de várias empresas no Brasil, o que muito provavelmente restará para 2025 serão as iniciativas de reestruturação de dívidas.

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